Introdução

Tecnologia, saúde e falta de informação, uma combinação que pode gerar vários problemas relacionados à saúde do usuário. Este blog tem como finalidade apresentar alguns aspectos sobre os malefícios causados pela falta de informação e mau uso da tecnologia.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cooperação entre Saúde e Tecnologia

Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia renovam cooperação na área da pesquisa

Os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia firmaram nesta quinta-feira (23) renovação de termo de cooperação e assistência técnica para desenvolvimento de programa de fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica em saúde.

Na solenidade, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, informou que, em quatro anos, o investimento em pesquisas destinadas a solucionar problemas da área de saúde e de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá chegar a R$ 500 milhões. Os recursos são provenientes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científica e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

De acordo com o Mínistério da Saúde, desde 2004, a parceria entre duas instituições já viabilizou cerca de R$ 368 milhões para financiamento de mais de dois mil projetos, entre os quais estudos de terapia celular em cardiopatias e a Rede Nacional de Pesquisa Clínica em Hospitais de Ensino.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que a idéia é ter um olhar diferente sobre o espaço da saúde, juntando a ciência e tecnologia e definindo alvos e estratégias na área de equipamentos para, por exemplo, diagnóstico-terapia, drogas e medicamentos.

"É importante que tenhamos alguns focos", ressaltou Temporão. Segundo o ministro, um foco é saber quais são as doenças epidemiologicamente relevantes e que têm grande impacto na saúde da população. "De um lado, [saber] quais são as áreas em que o governo gasta muito dinheiro na importação de tecnologia. E, por outro lado, [saber] onde o Brasil já tem conhecimento acumulado, que pudesse ser alavancado e se desenvolver e produzir tecnologias, produtos, equipamentos para colocar à disposição do Brasil", ressaltou.

De acordo com Temporão, todos os anos, 22 mil pacientes portadores de cardiopatias recebem marca-passos no Brasil. "Importamos todos eles. Não há necessidade, poderíamos produzir todos aqui no Brasil", afirmou o ministro.

Para ele, é importante pensar como aliar o poder de compra do Estado, a ciência, a pesquisa, o desenvolvimento e a indústria nacional para reduzir o que chamou de vulnerabilidade da política de saúde. "O que é isso? É a dependência cada vez maior do Brasil para tratar dos problemas de saúde do Brasil com tecnologias desenvolvidas lá fora."

O ministro Sérgio Rezende lembrou que a indústria de alta tecnologia depende de apoio do governo, de decisão de empresários e de mercados com uma certa garantia. "Em qualquer país do mundo, o poder de compra governamental é um mecanismo importante para desenvolver a indústria. E o Brasil praticamente não tem utilizado isso. No lado do medicamento isso também ocorre. Nós hoje, com exceção de fitoterápicos e certos medicamentos, os medicamentos mais complexos, todos os usados no Brasil têm os fármacos, as moléculas desenvolvidas fora do Brasil", disse.

Rezende destacou que, na área da saúde, um componente importante são os equipamentos de diagnóstico e que grande parte destes, principalmente os mais sofisticados, são importados. "E nós temos capacitação no Brasil em termo de engenharia eletrônica e desenvolvimento, e várias universidades que vêm desenvolvendo equipamentos, que certamente têm custo menor que os importados, mas muitos deles não chegaram a levar à criação de empresa, porque não havia um mercado assegurado para isso", afirmou.

Luciana Vasconcelos - Agência Brasil
Ações do documento

0 comentários: